Como inovar se tenho uma empresa tradicional?

como inovar sendo empresa tradicional

Inovação parece uma palavra da moda: está por tudo, sendo falada e escrita a todo momento. E quem tem uma empresa tradicional se pergunta: ela é necessária por aqui também?

São anos ou décadas fazendo as coisas de maneira parecida, tendo clientes e se mantendo no mercado. Porém, muita coisa vem mudando. E – é muito provável – um negócio tradicional já vem mudando ao longo do tempo (mesmo que as pessoas não consigam identificar facilmente essas mudanças).

O fato é que, mesmo tendo um perfil conservador, uma empresa tradicional precisa trazer elementos de inovação. Não por “modismo”, e, sim, tendo em vista sua sobrevivência.

A intensa competitividade em um mundo VUCA (sigla, do inglês, que traduzimos como volátil, incerto, complexo e ambíguo) exige inovações. Nem que isso aconteça de maneira gradual, desde as rotinas diárias até alcançar a cultura da empresa.

Andersson Silva, da Zucchi Consultoria, ressalta que “inovação é uma nova ação, uma nova forma de fazer, uma nova atitude para fazer uma coisa que é tradicional, que é trivial. E aí, na maioria das vezes, ela está nas pequenas coisas, nas pequenas experiências diferenciadoras que vão fazer com que o cliente, de alguma forma, veja valor naquela marca e essa empresa se torne cada vez mais inovadora”.

Nesse sentido, a inovação não vai, necessariamente, transformar valores ou a identidade de uma empresa. Afinal, quando se fala na promoção de evoluções por meio da realização de algo diferente em certo contexto, trata-se de uma inovação.

E por onde começar?

“Para iniciar a aplicar a inovação, é preciso, em primeiro lugar, ouvir o cliente: se colocar à disposição de querer ouvir e entender o que ele quer de novidade.

Antigamente havia o que chamávamos de “barriga no balcão”: você chegava na vendinha e o cara lhe conhecia pelo nome. E não só isso: ele sabia o que você queria – um litro de leite e dez pãezinhos.

Conforme a empresa vai crescendo, principalmente se for uma tradicional, esse dono para, de alguma forma, de ter contato com o cliente, lá na ponta, que é quem paga a conta do negócio. Então, para aplicar de uma forma bem singela, bem simples e bem direta, é, primeiro, começar a ouvir o cliente da empresa para pivotar produtos e serviços alinhados com as demandas, ou seja, as dores deles. Afinal, o que, de alguma maneira esse cliente gostaria que fosse atendido e hoje não é?

Na maioria das vezes, está ligado ao serviço, e não ao produto. Por quê? Porque o cliente cada vez mais quer viver experiências, quer ver valor na entrega – e valor não é preço.

Por exemplo: não demorar para atender, das pessoas estarem de bom humor lá na ponta, para ter um produto diferente e não o mais barato, pessoas que se preocupem com o cliente e não empurrem o produto. Então, essa mudança para uma economia de serviço, ou seja, onde o cliente é valorizado, respeitado, as demandas do cliente são levadas com zelo na empresa, isso ajuda demais para ter uma assertividade e a empresa começar a inovar.”

Andersson Silva

Fonte: Sebrae

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